junho 14, 2011
de mim...
ao redor de mim, volteia uma dor que não passa, que me arranca da face um sorriso, pondo no lugar uma ar de tristeza que parece nunca findar
nas mãos, trago os estragos em forma de pílulas, para sobreviver aos dias e a angústia de ter que respirar devagar.
engulo, devoro, não largo mão da tentativa oitava, nestes meses que se arrastam em saltos e suspiros.
mas na ponta dos dedos, vem a redenção das palavras que lanço furiosa em trechos da alma que nem se dá conta da finitude da vida que se vai.
e insisto: se machuca sentar, seguro a pena virtual e lanço meu lamento quase alegre. se dói quando de pé, deito no travesseiro amigo, no peito do companheiro e dito as letras que se aproximam misericordiosas. ainda há o que dizer, sei lá pra quem.
viver é preciso.
navegar talvez.
e eu vivo sem navegar, pois não há mares que me resistam aos inesperados gemidos e tais.
mas vivo!
albanegromonte
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6 comentários:
oi moça. bom dia. lindo aqui. beijos e abraços.
Sabes que se nota este teu estado... Quase que ouso dizer que até na caligrafia se nota.
Tens o meu abraço sentido...E sei que tudo passa. A tristeza não te merece:)
Brasileiro, bom te ver aqui.
Beijos e abraços também para ti.
M. querida... você é sensível como se de fato aqui do lado estivesse.
A tristeza (dor) existe apenas para que eu a desafie e vença.
Não é?
Beijos e carinho
Claro que sim. E não tenho dúvidas sobre o derrotado:)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Não é preciso dizer mais nada. Só uns beijos e toda aquela coisa.
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