fevereiro 28, 2015

Eu guardo sim.
Que nem toda a gente, um amor que nunca foi.
Bem dentro do peito, escondido, disfarçado de nada, mas que salta  em noites que nem hoje
Pra fora de tudo dizendo baixinho:
-saudade.
Sim, eu guardo este amor e
sigo em frente fingindo que não é nada este pulo do coração, este frio na barriga e tudo mais que significaria, se fosse ainda, amor.
E um dia foi, eu sei


Eu guardo sim.
Não sei o porquê, não sei desde quando e nem até quando.
Fica por ali, entre as memórias gastas, nas gavetas que custo a abrir, nas canções de um dia que já nem sei, num poema gasto, numa risada qualquer.

Guardo sim. Para nada, para tudo, para um dia quem sabe...

alba negromonte