"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto (...)
Ah, mas como eu desejaria lançar ao menos numa alma alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação. Isso consolar-me-ia um pouco da nulidade de ação em que vivo.
Perverter seria o fim da minha vida.
Mas vibra alguma alma com as minhas palavras?
Ouve-as alguém que não só eu?"
(Livro do Desassossego - Bernardo Soares - Fernando Pessoa)
7 comentários:
Sabe sempre bem Fernando Pessoa...
Não sei já contei que ele é o meu livro de cabeceira, melhor, livro do lado. Pois está sempre ao meu lado.
Onde quer que eu esteja o levo comigo. (Está aqui agora, olhando para você,e para mim, de dentro da capa de couro que mandei fazer não se estragar.)
Leio e releio sempre. Dá muita paz na alma. Faz-nos compreender o incompreensível.
E sem que o Bernardo soubesse, duas almas vibram no mesmo tempo que a dele vibrava. Todo o trabalho de um escritor já pagou a pena. Beijos e toda aquela coisa. (rsrsrsrs)
Diz lá o que sentes...
Por palavras tuas!
Rosinha, Pessoa de fato, nunca é excesso...
Grata pela visita.
Beijos
Djabal!
Mais um ponto no placar das semelhanças. Mora na minha cabeceira, este amigo (deixou de ser livro faz tempo...)
Grande beijo e toda coisa aquela.
M!
Tenho dito, mas é tão difícil resistir aos acertos do Pessoa...
Seu sorriso ilumina isto aqui.
Beijos
muito legal seu blog. passa no meu!!!?!
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