História dum coelhinho que nasceu numa couve
Como os pais do coelhinho nunca mais aparecessem, a couve passou a cuidar dele como se do seu próprio filho se tratasse.
Com ervinhas tenras que cresciam ao seu redor, a couve foi criando o coelhinho dentro do seu seio até que este passou a procurar a sua própria alimentação.
O coelhinho, que tinha um coração muito bondoso, retribuindo o afecto que a couve lhe dedicava, considerava-a como sua verdadeira mãe.
A mãe couve e o seu filhinho adoptivo foram vivendo muito felizes até que um dia uma praga de gafanhotos se abateu sobre aquelas terras.
O coelhinho, ao ver que aqueles insectos vorazes devoravam tudo o que era verde, cobriu com o seu próprio corpo o corpo da mãe couve e assim conseguiu que os gafanhotos pouco dano lhe fizessem.
Quando aqueles insectos daninhos levantaram voo, os campos em volta passaram a ser um imenso deserto de areias e pedra.
O pobre coelhinho, que sempre tinha vivido nas proximidades da sua mãe couve, teve de deslocar-se para muitos quilómetros de distância a fim de procurar comida.
Mas já nada havia que se pudesse mastigar naquelas terras.
Passaram muitos dias e o pobre coelhinho estava cada vez mais magro, mais magro e faminto.
Então a mãe couve disse-lhe assim:
- Ouve meu filho: é a lei da vida que os velhos têm de dar o lugar aos novos; por isso só vejo uma solução: assim como tu viveste durante algum tempo no meu seio, passarei a ser eu agora a viver dentro do teu. Compreendes, meu filho, o que eu quero dizer?
O pobre coelhinho compreendeu e, embora com grande tristeza na alma, não teve outro remédio, comeu a mãe.
Pedro Oom
17 comentários:
Fantástico!Não me importava nada de o ter escrito...Inveja boa!
Beijinhos*
Vou seguir o seu blogue.
Gostei :)
Belo fim de dia.
Do texto...brincando. entre o coelhinho e a mãe adoptiva, foi o primeiro amor couve...:)
Uma fábula! Fabuloso!
vim cá ter mandada por M. gostei e fiz-me sócia(per)seguidora do blogue. pois é os novos devem dar lugar aos velhos , mas eu sou velha e nao quero dar o lugar ao snovos, não jamé nunca
sou egoísta sou sim senhor mas ainda tenho muito para dar. kis :=):=):=)
Vim... passei... e li... indicado pela M só podia ser um otimo blog mesmo.
Vou ficar por ca também para vir vendo e lendo.
Beijinho
Tilida!
Gratíssima pela visita.
E dá mesmo uma vontade de escrever algo tão lindo.
Gostei do seu blog.
Beijos
Andrea, gratíssima pela visita e por me seguir.
Fui a teu blog: maravilhoso. Tem a temática perfeita.
Voltarei para comentar.
Beijos
Olá. Estive por aqui. Muito legal mesmo. Gostei. Apareça por lá. Abraços.
M.
Adoro estas suas expressões vivazes.
Você traz luz a este lugar.
Sem palavras para agradecer o carinho de enviar seus amigos para cá.
Beijos e aquela coisa toda.
Ivan, fabuloso é teu blog!
Estarei por lá com mais vagar, para aproveitar cada pedaço!
Beijos, volte sempre.
Avogi, seus dizeres mostram a enorme simpatia e alegria que se colam em perfeição ao sorriso da sua foto, e ao seu blog tão fofo!
Vou (per)segui-la também, ora...
Beijos
Utena, os amigos de M. sempre são bem vindos nesta casa maluca... rs...
Grata pela visita.
Seu blog é demais da conta. Sensibilidade em alta voltagem.
Já seguindo o idealista. E viva a sopa de rosas!!!
Beijos
Rolando, seja bem vindo!
Visitei a terra dos blogs e me espantei com as imagens tão Brasil!
Voltarei, com certeza.
Beijos
Aviso:
Olha que não me responsabilizo pelas tuas visitas...Salvo a do Rolando...Que não conheço...
É uma história infantil muito diferente. Muito melhor, causa um impacto maior, e mostra o lado natural da vida, sob uma forma compreensível e poética. Você está em estado de graça. Minha cara. Leitores, qualidade, sorrisos e vida que navega. Beijos, saudades e pronto.
Djabal, você como sempre, a ler meu pensar!
De fato, estou mesmo neste estado de graça, e muito contente com essas coisas todas.
rs...
Não esqueço que você iniciou.
Beijos e toda coisa aquela.
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