
Apresento-lhes este poeta lusitano.
o cabide onde penduro os olhos do passado
é um necrotério de gaivotas desistentes
pairando sobre um perfume de sombras
no areal de sargaço abandonado…
vem-me à memória um bando de xailes negros
rezando terços ao cair da tarde
na aldeia onde passava o verão…
avé-marias, quase sem graça…
pais-nossos, lentos…
o calor envolvendo as casas num manto de opressão
e a melopeia que nunca terminava…
salvé-rainha…
depois era domingo…
missa cantada
foguetes
procissão
a banda tocando no coreto até ao fim da festa
então era o regresso…
a quem pedir um pouco mais de tempo
um pouco mais de mar?
(fragmento 13 – j m restivo braz)
Um comentário:
Muito prazer em conhecê-lo. Poderíamos conversar um pouco mais?
Obrigado, beijos, você.
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