
acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três outros rostos que amei.
num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos
qual tarde de maio
como um trunfo escondido na manga
carrego comigo tua última carta
cortada
uma cartada
não, amor, isso não é literatura.
Ana Cristina César
5 comentários:
Para entrega completa, insana, completa e feminina não há alternativa. E de fato isso não dá literatura, apenas dor. É fato. Grande Cristina, grande Lady. Beijos.
Ana me lembra você.
Esta sua definição por si, daria um post.
Beijos
Adeus.
exatamente eu, hj.
Ana C matadora sempre.
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