dezembro 04, 2006

Carícia

ph Eduardo Barrox
... não queira ser meu amor.
eu não quero ser o seu amor.
pretendo, em meu sonho turvo, ser teu leste, oeste qualquer direção
... não pense em me socorrer, quando dos atropelos da vida.
quero você, assim, longe do que é escuro, do que é dor.
chegue pra mim
sem hora certa sem promessa vã,
sem espada gloriosa que me salvará do terrível dragão.
seja o que sempre desejei.
meu sul, meu oeste
meu porto peito seguro onde ancorar minha cabeça de menina que sou bem no fundo
seja meu ouvir. meu falar
e me ouça cantar
que o tempo seja bom pra nós dois e nos torne juntos
antes que o pó se junte na cortina
e
que sempre eu seja o seu quase querer pra sempre
e
que você seja sempre, meu maior bem-querer vivido
e que quando este mesmo deus da hora de agora
nos abandonar,
seja dia claro de sol suave
e que possamos dizer que sim,
foi muito bom nos encontrarmos neste instante de hoje,
ou amanhã, quem saberá?
Mas que será!

albanegromonte

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