dezembro 04, 2006

Em 2005. Seria Hoje?


sinceramente, se você não mente, abre o jogo, homem, e diz que eu sou a mulher da tua vida. deixa que teus olhos percam o medo de olhar nos meus e vem comigo neste caminho que se interroga pra nós dois, assim como era desde o príncipio quando Adão&Eva não sabiam o que iria acontecer depois de mordida a maçã. pois então acontece comigo&comvocê, aqui neste mundo tão pequeno agora que existem as linhas aéreas. e pode até faltar a grana pra ir pichar o muro branco que tem em frente a tua casa, mas saiba meu bem, não falta tesão. e é este tesão, este desejo visceral que por hora se encontra adormecido que nem dragão a espera de São Jorge, que me impulsiona a escrever estes versos assimétricos e meio que malditos na sua concretude e falta de rimas que é como se deve fazer um legítimo poemadeamor. mas... o que seria do mundo sem as galáxias do Haroldo, sem o non-sense do Arnaldo Antunes que diz letra&música pra minha vozveludo cantar bem no meio do labirinto anatômico que sei pelas aulas de anatomia que existe dentro seu ouvido esquerdo, pois do direito cuida a minha língua absolutamente molhada pela chuva que cai sobre a minha cidade que quase não sai do sol. e então meu bem? arrisca ou não este querer bendito que poderá nos salvar da inanição de amor que cerca todo intelecto, toda falta de orgasmo e toda solidão que acompanha os poetas deste tempo de agora? quer me acompanhar? então comece a reconhecer o absoluto poder do meu olhar impreciso sobre o teu olhar escondido por trás do filtro noir que cerca tua visão real. então vem, pega um avião, que vou te esperar no terminal de uma companhia qualquer, vestida de branco, com uma inverossímel taça de vinho tinto numa das mãos e todo o amor deste mundo na outra, só pra te carinhar e te fazer feliz de uma vez por todas, que o tempo, meu caro, é mesmo imprevisível e pode nos cobrar a conta dos cigarros&cachaças&noitesinsones antes que a gente se dê conta e perceba que o fim já chegou. e before que isso aconteça, eu quero beijar a tua boca e saber o sabor do teu abraço contra o meu corpo pequeno e doce diante desta grandeza que é teu existir.

albanegromonte

Um comentário:

Clayton C. disse...

q coisa hein
ainda vejo melhor o seu modo de escrever, rsrsss
até, gostei.