junho 18, 2016

necessidade

não há urgência neste sentir desabalado e dilacerante.


n e C e S s i D a d E

hà desatada sangria
avalanche de emoções
acolhimento de sentires atàvicos.
e há pavor.
torto, desalmado, aterrorizante sentimento inesquecivel, que percorre veias, artérias
e há este bater descompassado de coração que pulsa, para, pulsa, para, pulsa e grita: não para!
não para. prossegue.
tenho temor é de não ter mais coração
de não chorar, de não me jogar na frente das rodas do trem
de não conseguir tirar a roupa na frente da tua casa, tocar a campainha mil vezes
até conseguir dizer: vem sou tua.
me veste e desveste
me toma e me larga.
mas pelos deuses todos do Olimpo...
toma-me.
e não nunca me larga.
carrega-me nos braços, pelas mãos, pelos cabelos... mas
me toma
me sabes tua, e serei o que quiseres ou o que puderes receber em teu coração viajante e disperso.
me beija, me adoça me acalma, me remove os temores e apenas
(é só o que peço é preciso)
Promete.
(tu e somente tu consegues)
promete.
cumpre como desde o início
e então
assim saberei.
ainda sou a tua
e tu, o meu.
então vem.
e toda profecia que se sabe há de ser enfim cumprida
então vem
te espero.
vem.
até o último dos dias
até que toda carne se desfaça.
até que o mundo reinicie.
até que não haja mais nada
a não ser, e será
o tudo que se refaz.

Alba N.

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