dezembro 17, 2010

A Casa



o silêncio tem vozes sem nome
que não possuem sossego até serem ouvidas

a casa que habitamos ecoa memórias
uma porta entreabre-se para o fundo de um grito
como se por um momento tudo regressasse à sua morte

os contornos da terra hesitam em sua posição
um lume mínimo espanta-nos os dedos
e é uma força subtil

algo dentro e fora da casa nos convida à totalidade
porém o fogo reclama ainda o nosso corpo

um passo mais e a solidão será real

Vasco Gato
 

3 comentários:

M. disse...

Antes do poema:

É com gosto que te vejo entrar pela minha casa dentro...

Sei que o silêncio é necessário. às vezes urgente. Só por isso te desculpo:)

Feliz o teu regresso...

Lady Cronopio disse...

M. querida!
Feliz eu que tenho você por perto.
Beijos

Menina disse...

Tem medo de morrer não é,Miss Cronópio?!shshshshsh...