
Ária Amaríssima de Um Instante
SOBRE mim o sudário das coisas. Brandura extensa
Camada-transparência sobre as gentes. Vê só:
Eu não te olho com o teu olho que sabe
Que quase tudo em ti é transitório. Meu olho-liquidez
Descobre uma tarde esvaída, tarde-madrugada
Tempo alongado onde te fizeste em viuvez.
Não perdeste a mulher ou o homem que amavas. Amamos tanto
E a perda é cotidiana e infinita. Não é isso
Hilda Hilst
6 comentários:
Lindo texto, linda foto.
O que você achou de Neve do Orhan Pamuk? Faz um texto naquele seu estilo de resenha de poeta...
Estou quase no final de Neve, pois Momo interpôs-se entre nós (eu e Pamuk). Mas logo escreverei minhas impressões.
Grande beijo e grata pela visita.
Não é isso que perdemos. O que é?
Em cada um, ou cada uma que deixamos, eu com o coração que sente posso dizer que deixamos uma parte nossa naquela pessoa que vai pela tarde esvaída.
Um pedacinho nosso que se construiu no outro ou na outra, se compondo de algo absolutamente diferente - um outro ser, composto - se quebra e se esvai e por isso o olho liquidez percebe e o olho que sabe, saberá um pouco depois. Bem pouco mesmo.
Você é uma menina curiosa, de bom gosto, querida e faz a nossa alegria com essas escolhas. Estímulo dos meus delírios.
Beijos (a.c.t.).
encontrei um texto meu, em um blog seu .....( surpresa !!!! )
quem é você
onde te encontrar
" Minha Rainha " ??????
bj
Rita
Djabal!
Você, sempre surpreendente.
Eu aqui, sempre fã.
Beijos e a.c.t.
Santilli, minha rainha!
Continuo aqui.
Surpresa com sua visita, e muito contente por isso.
Saudades dos seus escritos.
Beijos grandes.
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