abril 03, 2007

Only You


Em que nuvem escondes teu sorriso?

Em que raio de sol, perde-se teu brilho?

Em que parte do Universo tanto te escondes?

Onde te perdi?


Lembrança de ti hoje me vem, doce como um favo de mel,

Suave como pluma de ave rara,

Lentamente, feito navalha que se crava na carne dolorida,

Lembrança do que não fomos, enterra-se em mim.


Em que grão do Universo te encontras agora?

Teu olhar, onde pousa?


Eu te espero desde sempre e nunca te pude ter.

Mãos minhas te buscam nas noites sem aviso,

E é para ti, esta lágrima feroz que corre em meu rosto, agora cansado.


O Tempo, rei e mestre da razão.

Faz-se sentir em minha pele, em meu corpo, em meus pensares e dizeres.

O Tempo, amor meu

Hoje te afasta de mim.


E o que serei sem esta tua presença tantas vezes sonhada, tantas vezes desejada?


Nada, ninguém pode
(ou quer)

Saber da dor maior que há em mim

Que é não te acolher em meu abraço,

Em meu regaço...
Dar de mim o que há.


Flor do meu desejo se finda nas horas que se passam

E busco em cada sorriso

Em cada olhar
(De quem nem mesmo se pensa)

Em toda e qualquer palavra que me diz

-Aqui existe amor.


Filho meu.

Em que recanto deste mundo sem porteira eu te perdi?

Será um dia em outra dimensão nosso encontro?


Retalhos do amor que guardei pra ti

Dissolvem-se em lágrimas tantas e todas

E sei apenas

Que sinto tua falta.


Por tua presença em mim

Eu cruzaria céus e mares

Desceria ao Inferno

Atravessaria o deserto e qualquer temor das gentes.


Mas não sei como.

Nem mesmo o porquê.
Deste desencontro de nós dois.

Sei que sinto tua ausência em tudo que faço,

Que te amo além.

E que um dia,

A gente se encontra.



albanegromonte

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