setembro 10, 2006

Carícia

ph Eduardo Barrox
... não queira ser meu amor.
eu não quero ser o seu amor,
não pretendo, em meu sonho turvo,
ser teu leste, oeste quero ser qualquer direção ...
não pense em me socorrer, quando os atropelos da vida me virarem pelo avesso.
quero você, assim, longe do que é escuro,
do que é dor.
chegue pra mim sem hora certa sem promessa vã,
sem espada gloriosa que me salvará do terrível dragão
seja o que sempre desejei.
meu sul, meu oeste meu porto peito seguro
onde ancorar minha cabeça de menina que sou,
ainda na alma seja meu ouvir.
meu falar e me ouça cantar
que o tempo seja bom pra nós dois
e nos torne juntos
antes que o pó se junte na cortina
e que sempre eu seja o seu quase querer pra sempre
e que você seja sempre, meu maior bem-querer vivido
e que quando este mesmo deus da hora de agora nos abandonar,
seja dia claro de sol suave
e que possamos dizer que sim,
foi muito bom nos encontrarmos neste instante de hoje,
ou amanhã, quem saberá?
mas que será!

albanegromonte

Nenhum comentário: