fevereiro 12, 2009

Desasossego


"O cansaço de todas as ilusões e de tudo que há nas ilusões - a perda delas, a inutilidade de as ter, o antecansaço de ter que as ter para perdê-las, a mágoa de as ter tido, a vergonha intelectual de as ter tido sabendo que teriam tal fim".


(Fernando Pessoa)Bernardo Soares, em O Livro Do Desasossego

4 comentários:

Unknown disse...

Uma versão mexicana, de altíssima qualidade, ritmo e melodia:

Devolve ao ramo nu
noturna mariposa,
as folhas secas de tuas asas.

Devuelve a la desnuda rama
nocturna mariposa,
las hojas secas de tus alas.

José Juan Tablada.

Beijos, minha amiga querida.

Lady Cronopio disse...

Que lindo, Djabal!
Sabor de tango rasgado, chorado pelas paredes do coração...
Bom que existe você, para me mostrar tanta coisa bela que existe por aí...
Beijos e toda aquela coisa.

Anônimo disse...

Pessoa ia sempre diretamente no cerne. Às vezes desestabiliza!

Lady Cronopio disse...

Sem dúvida, Diego.
Pessoa sabe atingir o ponto de onde estabiliza-se ou perde-se mesmo o fio tênue do equilíbrio.
Beijos e grata pela visita