uma estrada em chamas,
coração que se evapora em lágrimas
saudade virando o avesso da alma
um deus que não responde longe que está
corda emperrada de relógio que insiste na hora de um adeus indevido
anel de um planeta sem nome
a recordar e tecer um manto de dor
vontade de se deixar ali, sem consolo
morrendo aos tantos
largando as pétalas da blusa rosa
pelos laços da ventania que já chega
sentidos violando leis naturais
pecados se misturando ao perdão concedido
um silencioso grito rasgando
a tarde e
um fio de sangue se misturando à morna areia
que reveste o chão da terra em que ela nasceu.
e onde agora se despede da vida que não escolheu
albanegromonte
4 comentários:
Parabéns,tens postagens muito boas.Obrigada por compartilhar.
É não escolhemos mesmo, somos - de certa maneira - prisioneiros dela.
Talvez você, eu e mais alguém, consiga se libertar dos sentimentos e do próprio cárcere, com letras, ritmos, cadências e pétalas de rosa.
Tudo também é poesia, para uma alma libertada.
Pungente, dolorida e bela. Obrigado. Beijos.
Ana Alice, grata pela visita. Volte mais vezes!
Beijos
Djabal, amigo caro... você sempre consegue me arrancar um sorriso de incredulidade ante meus escritos, e saiba que muito me deixa serelepe!
Beijos
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