pois enquanto eu era sem ti, meus olhos se apagavam quando acendia o sol.
e não havia brilho, e não havia cor
enquanto.
era eu pedra no lado esquerdo do peito
tambor desavisado que batia em descompasso com a música da vida
que corria lá fora da minha janela,
longe das marcas do meu passaporte pra lugar nenhum, pois não estavas lá
enquanto.
era eu sem ti, uma vela içada, parada no mar que então se fazia em silêncio
era perfume solto na flor abandonada no asfalto
era assim.
mas tu me chegaste, sem me avisar da vinda
e azul se fez em meus olhos,
e cores todas se aconteceram sem que eu nem conseguisse conter
aí veio a luz
veio o ser feliz com nada, com tudo
veio tua vida se entrelaçar na minha
e meu coração bateu enfim no compasso de um amor
que reinventou minha alma
que desafiou o tempo
e que se fez em nós.
enquanto sempre seremos assim.
albanegromonte
Um comentário:
Minha flor, quando te leio, sinto teu amor em meu sangue. Tu escreves o que vivemos e quanto mais vivemos mais sinto teu amor!
Gustavo
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