outubro 26, 2007

Vitral


pois enquanto eu era sem ti, meus olhos se apagavam quando acendia o sol.

e não havia brilho, e não havia cor

enquanto.

era eu pedra no lado esquerdo do peito

tambor desavisado que batia em descompasso com a música da vida

que corria lá fora da minha janela,

longe das marcas do meu passaporte pra lugar nenhum, pois não estavas lá

enquanto.

era eu sem ti, uma vela içada, parada no mar que então se fazia em silêncio

era perfume solto na flor abandonada no asfalto

era assim.

mas tu me chegaste, sem me avisar da vinda

e azul se fez em meus olhos,

e cores todas se aconteceram sem que eu nem conseguisse conter

aí veio a luz

veio o ser feliz com nada, com tudo

veio tua vida se entrelaçar na minha

e meu coração bateu enfim no compasso de um amor

que reinventou minha alma

que desafiou o tempo

e que se fez em nós.

enquanto sempre seremos assim.


albanegromonte

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha flor, quando te leio, sinto teu amor em meu sangue. Tu escreves o que vivemos e quanto mais vivemos mais sinto teu amor!

Gustavo