"Mandacaru quando fulora na seca, é o sinal que a chuva chega no Sertão" Eu Mandacaru. Cansada dos espinhos, assumindo a incredulidade dos que nunca sonharam, e trazendo ao meu próprio corpo as defesas naturais de uma flora conhecida para me proteger dos enganos tolos de um coração sofrido. Eu Mandacaru. No Sertão da minha infância. Senti no peito uma dor serena ao olhar o céu tão pleno das estrelas que sempre senti falta. Nem dei conta do que crescia. Até aprofundar numa negritude conhecida, e saber o gosto desejado e nunca dito do que poderia ter sido. A flor do Mandacaru abriu-se branca e inteira no meu coração e brotou água dos meus olhos. Abracei os anos passados em fuga e me escondi no peito tão querido e sonhado. Ainda que a água tenha chegado aos olhos, não me inundou a alma. E com tão pouco que tive, me preenchi com uma tristeza calma e complacente que se sabe ser a última. Enfrentar medos? Fugir dos medos? Render-me aos medos? O que será, não se sabe. Pedir, nunca soube. Ferir com espada que já fui ferida, jamais. O que tiver que ser.... Eu espero aqui, meu Colibri. Para você, eternamente Flor. albanegromonte |
outubro 12, 2006
Para Quem Se Sabe...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário