lírios brotando luz no meu ventre esperança renovada, insistente batendo na porta do espanto e me espanto de não ser ainda o que quis. arcos de seda rosa separam meus sonhos do que vivo no dia que corre pela noite. eu nunca paro. sinais se fecham e o beija-flor que canta na ponta do meu dedo me diz que os cogumelos são frutas, e que as flores são ninfas disfarçadas. dou risada da loucura que é me ampliar num abraço de quem nunca vi, ou senti. tanto faz, se o prazer é bem vindo, quando a madrugada pinta de turquesa o mar ali na frente. e é desta janela de cores que abro as cortinas da vida e finco bandeiras minhas nas luas que vou conquistando. por aí, na luta anônima dos relatos náufragos dos mares revoltos da minha insana mente. poucos sabem de mim, da minha história alguns, tolos que são, pensam saber das manias e dizem- são tolos, falei que sou estranha na minha mesmice. dou risada e me vejo no espelho de Alice, sendo o inverso de tudo que sou. mas só aqui me revelo quando o lápis de ponta negra se decodifica nas cores todas que invento quando cismo de brincar de escrever. albanegromonte |
outubro 12, 2006
Arcos&Lírios
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário