Agora escrevo pássaros.
Não os vejo chegar, não escolho,
de repente estão aí,
um bando de palavras
a pousar
uma
por
uma
nos arames da página,
entre chilreios e bicadas, chuva de asas,
e eu sem pão para dar, tão somente
deixo-os vir. Talvez
seja isto uma árvore,
de repente estão aí,
um bando de palavras
a pousar
uma
por
uma
nos arames da página,
entre chilreios e bicadas, chuva de asas,
e eu sem pão para dar, tão somente
deixo-os vir. Talvez
seja isto uma árvore,
ou quem sabe,
o amor.
o amor.
Júlio Cortázar
4 comentários:
Posso...
belo o poema...e gostei do que li/vi pelo teu blog...
uma abraço de Portugal...
ok...é apenas um abraço meu...sem exageros...lol
Ah, mas muito bem me faz uma visita assim de Portugal!
Seja sempre benvinda.
Beijos e aquela coisa toda aqui do Brasil!
Cada vez que vejo, leio ou me recordo do Júlio Cortázar, também me lembro, automaticamente, de você. Uma construção bem própria daquela fantasia que você falou lá em cima, e separou tão bem para nós outros.
Escritor é amor. Sempre, em cada pássaro ou palavra. Beijos.
Djabal, você não imagina a felicidade que me trouxe ao dizer isto: lembrar de mim ao ler/ver Julio.
Guardarei para sempre estas palavras.
Carinho, beijos e a.c.t.
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