dezembro 21, 2007

Um Dia A Mais, E...


meu amor é por ti, como o reflexo do minuto que passou na máquina do tempo e disse:
pára!
como se fosse assim, um congelar de dias e anos, onde nem sei o que vivi pra te encontrar
aqui de novo, como se nada tivesse acontecido, ou se apenas um segundo congelado na alma
tivesse feito alguma ferida que logo, diante do teu olhar sereno, sarou.

ah, meu amor é por ti o de sempre

aquele que nasce com a gente, cresce (e pode até se esconder em alguma dobra de cortina
empoeirada, ou em página de agenda que se virou sem querer e se viu depois que estava
tudo limpo... em branco mesmo, esperando ser reescrito).

esse meu amor por ti assim é... lava de vulcão adormecido que se solta e ladeira abaixo
segue tudo queimando e trazendo à vida... como se lava pudesse ser grão, semente boa de
brotar em solo que se dizia infértil e hoje grita:

Vida! Vida! Vida!

E que vida era essa que passava diante de mim e eu nem sabia com tanta dor que era apenas
saudade do que não vivi e sabia: precisava pois; este amor é o que sempre me perdi
procurando,

como se o amor fosse fácil assim de decifrar...

mas este amor de ontem, hoje se faz amanhã

e na solidez do tempo que se encarregou de mudar nossa face, mas não se atreveu a nossos corações

é que digo:

é você o amor que sempre quis e tenho agora

em mim, no tempo que nos resta, no saldo que temos e na vida que virá depois

pois não seria mesmo justo se acabasse agora, nem metade que foi do que já estivemos tão longe.

você é o amor em mim

e sou em em você o clarão do sol que se deita na areia da praia cantando um fado que a
gente nem sabia, na voz da filha de uma cantora.

em você, eu sou canto de cotovia antes do alvorecer.

amo você e meu amor é mais.

que nem uma mãe ama seu rebento, ou o rebento que sabe que sem aquele ventre nem mesmo saberia o que fazer.

meu amor por você é tudo e sempre será um pouco mais.
pelo tempo que passou, que é hoje

e que virá

eu sei.
albanegromonte

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