Entre nuvens de recordações
Chegou teu olhar antigo
Amor de um dia
Ou de sempre?
Busco em palavras de menina que fui
Meu bem-querer por ti, que nunca de fato saiu da minha cabeça
Horas, dias e anos
Eis que me chegas:
Prata em cabelos que vi negros
Linhas de dor (talvez) em olhos que inocentes sempre foram
E eu?
Fios de ouro em traços de vida que vivi.
Não tenho heranças
Feito as tuas tão que sei quase minhas
Lábios que cansados de dizeres
Soltam-se em palavras que di ti se sabem e são
Quintais e sóis.
Chuvas e luares em acordes de violão que desejavas em tanto que nem sabia, mas.
Barcos e mares abertos em nossos sonhos que são hoje
Nossos
Apenas isso.
Vela de ser
Eu, tu
Nosso amor de ontem
hoje em nós
e para sempre, se.
Destino se cumpre em traços de luz nossos corações que batem
Num só ritmo
E dançamos noites fora de nós, ou não, em salas apertadas ou salões de outrora
Meu amor é só teu
O meu, nem sei, mas quero, migalha que sei: mereço.
Castigo é rever teu passado e saber que poderia ser minha toda a tua história.
Reescrevo em letras e palavras quem nem sabia existir em minha linguagem tola e plácidas: palavras.
Hoje nem quero mais morrer
Viver é ser em ti, o que nunca fui:
Eu feliz em dois
Em par
Em ti.
Sou eu, para sempre.
Amor que nem esse, em mim
Jamais.
Toma minha alma e leva o que em mim há de.
Sempre eu em ti.
albanegromonte