sim. confesso meu medo deste querer. me encontraste assim, em abandono alma gelada, coração ateu e com que ternura me tomaste um beijo e trouxeste canções antigas a meus ouvidos, me fazendo crer que é possível ser um tantinho feliz. e jogaste pétalas nos paralepípedos molhados, me acenando com lenço branco a paz há tanto perdida em insondáveis caminhos que o destino, mestre dos disfarces me fez trilhar anos a fio. e quase me abandonei em ti, quando o calor das tuas mãos me derrubavam as muralhas, portas e janelas da alma entontecida em taças de vinho nas noites insones, e destas, só sobrou meu poema largado no teu peito de homem. sim. confesso meu medo deste querer, que sem querer cresce em mim. flor que colibri amado, redescoberto em nuvens de algodão beija&beija cada dia mais e é nestes dias mais que passo sem te ver percebendo no céu quantas turbinas e aeronaves partem pra qualquer lugar sem me levar, sem te trazer o quanto queria estar bem do teu lado. sim. além do medo, ainda sinto teu último úmido beijo na minha boca, teu último abraço marcando minha pele. coisas que me fazem tremer à noite na cama quando fecho os olhos e é teu sorriso que me acalma o fogo perene desta paixão que me escorre pelo corpo afora como se me estivesses por dentro. e se não houvesse o medo de ser feliz outra vez. albanegromonte |
outubro 12, 2006
Da Série Colibri
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