o que nunca sai da minha cabeça
nem desgruda da minha pele
dia a dia, segundos e tais estás.
na esponja do banho,
no pensamento maroto,
na taça de vinho que desejo e que bebes sem mim.
eis que te tive nas mãos ainda uma vez e mais uma vez te perdi pelos dedos enviesados hoje por dores que te poupo ouvir
(que nem um dia antigo, eu já dizia que não te servia, mesmo sendo teu número exato pra usar, calçar e o mais tudo que só tu sabes)
eis que é hoje e parece ontem que te vi pela última vez sem saber.
se soubesse, o que faria eu?
o que farias tu?
sinto falta de te esperar.
sinto frio na barriga ao te pensar, e quando te sinto bem perto da minha imaginação, minhas mãos encharcadas me fazem chorar.
como se de fato bem aqui fosse tua boca na minha,
naquele beijo que nunca vamos esquecer.
Alba N.